domingo, 9 de dezembro de 2018

"Não sabeis o que pedis"

Todo homem deseja a felicidade; mas há que buscar e buscando se espera encontrar. Contudo, pode ser que a felicidade seja uma coisa diferente para cada um, de modo que cada homem busque um seu objeto de desejo. Pode-se tentar entender que o estado alcançado os unifique num mesmo objetivo. Se assim for, o que identifica esses alvos distintos deve ser ele mesmo a felicidade. Ora, os homens desejam o que os faça felizes ou serem felizes?

Algumas palavras são coringas da comunicação social. O elenco pode sofrer algumas alterações, mas elas sempre existem. Democracia, amor, sorte; são valores que muito se deseja e pouco se conhece. Assim também a felicidade. Talvez a compreensão mais inclusiva seja aquilo que todos desejam, um objeto ideal materializado para cada indivíduo. Uma questão de tamanha relevância merece, portanto, uma luz.

Se a felicidade substantiva um estado, então o homem quer é ser feliz. Resta entender a que corresponde. Uma breve introspecção, que parece ser geral, aponta para algo permanente, livre de carências e sensível. A felicidade que passa ainda não é esse objeto último; se ainda algo me falta, é esse algo que atingirá a felicidade última; se não me perceber feliz, ainda deverei buscar, porque sigo desejando. Mas o que cumprirá semelhantes requisitos? Como entender o que proporcionará esse pleno estado?

Muitos já definiram a felicidade. Com discordâncias, inclusive. Realização do seu fim, prazer como ausência de dor, uma ou outra experiência, quiçá alguém. Todos, diz-se, continuam desejando. Confundir o objetivo com a ferramente a seu serviço pode ser um impedimento. Entender aonde se quer chegar não garante, sequer, saber como chegar lá. E se ser feliz é o que todos querem, cada qual deveria fazer o que precisa. Se todos os homens têm por fim morar na cidade da felicidade, é preciso sair de onde estão.

Um homem chega a um lugar por uma via que saia de onde partiu. Para ser feliz, igualmente feliz, cada homem deve tomar o que, diferentemente, o fará feliz. Desejando ser felizes, só encontrarão a felicidade ao buscar o que os tirará de onde estão. É preciso, então, saber desejar; buscando, é preciso saber o que buscar e não exigir o que para lá não lhe conduzirá.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Educação: Treinamento ou Formação

Nada se cria, tudo se copia; e depois cola. Uma crítica comum hoje à educação é quanto ao modo como são feitos os trabalhos escolares. Depois do advento da Internet, tornou-se prática corriqueira procurar por resultados prontos para o requerido pela proposta do trabalho e copiar textos inteiros, talvez sem sequer lê-los, apenas submetendo-os a outra formatação, quando muito. Vendo aí um problema, busca-se um culpado. Os primeiros candidatos são o aluno imoral e o professor incapaz. A quem atribuir a causa dessa distorção?

A culpa não é dos alunos. A criança de dez anos que já copia o seu trabalho escolar de um site vai crescer repetindo essa prática sem sequer suspeitar que possa ser errada. O aluno não é um preguiçoso imoral, mas em alienado amoral. Para muitos alunos, o que se espera é um texto que aborde um determinado assunto e o seu papel seria localizar esse texto e apresentá-lo. Essa postura costuma ser aprendida nos primeiros anos de escola, já era ensinada mesmo antes da popularização da Internet, quando se passam os "questionários" com listas de perguntas cujas respostas deveriam ser localizadas em um livro-texto e transcritas, a fim de memorizá-las e reproduzi-las, possivelmente na semana seguinte, na prova. O aluno foi formado desde a base a localizar, memorizar e reproduzir, não julgar, processar ou assimilar.

A culpa não é do professor, tampouco. O professor de hoje reproduz os métodos de ontem. Os métodos não mudaram, porque inevitavelmente fazem referência ao passado. O professor de hoje é vítima de dois inimigos: ele é o aluno de ontem, ensinado a localizar, memorizar e reproduzir, e por isso pode tender à incapacidade de se adaptar a realidades distintas, isto se não só conservar a mesma "amoralidade"; ainda, a sociedade dos alunos de ontem vai cobrar dele e dos seus alunos que localizem, memorizem e reproduzam, algo fora disso é absolutamente carente de sentido.

A culpa é tão da Internet quanto dos livros. Seu crime é veicular conhecimento, seu pecado, a eficácia. A culpa é da falência de um modelo educacional pragmático, técnico. Não é coerente falar da moralidade em uma instituição que não visa a formação de pessoas e aquisição de uma excelência humana. A escola que se curvou à exigências pragmáticas paga o preço de suas escolhas e cobra taxas a todo o que a ela se reportar. O pragmatismo vendeu a ideia de que o importante é adquirir um conjunto de habilidades tais que permitam atingir os fins desejados. Sem se preocupar em expandir os horizontes, os fins são os mais imediatos possíveis. Ao fim do processo, uma prova verificaria a aquisição das habilidades desejadas, mas uma inversão ocorreu quando logo se viu que para encerrar o processo, basta dominar a habilidade de fazer a prova e obter um valor mínimo. Desde então, o que dita o conteúdo é aprova, importa estudar, ou memorizar, o que "cai na prova", parcela do conteúdo total, que passou a ser definido em função do que "cai no vestibular". À luz disso tudo, por que fazer mais do que copiar a resposta? Alcançá-la é o fim e o melhor meio é o mais curto.

Vê-se que é à "mentalidade pragmática" que se deve atribuir a culpa. O aluno e o professor são meras peças de uma máquina que se move para se mover. O problema desse sistema educacional é que ele é fadado à falência, e, uma fez falido, ele não tem razão de ser. Mas, para chegar a tanto; é preciso se extravia a esse ritmo vicioso. E, para resolver o problema, é preciso mudar as bases e, talvez, saber abdicar das ferramentas já marcadas em favor de outras, novas ou velhas, eficazes hoje. A identificação delas, no entanto, exige mais que localização, memorização e reprodução, estão além desse horizonte.

Para mudar, basta começar

Os sinais podem sacudir o mundo. De fato, têm sacudido, quando alguns homens decidem-se a fazer algo concreto a respeito de um problema, desde adotar crianças, passando por fundar hospitais, até iniciar organizações devotadas ao cuidado humanitário. Não acontece quando, ao contrário, conformaram-se em "denunciar" e esperar a reação das autoridades. Os que ousam uma ação particular são como crianças pequenas empurrando a primeira peça de dominó.

História é uma disciplina referencial. O homem sabe tão pouco, erra. Cresce com seus erros, contudo" A História segue nos currículos escolares para que a humanidade aprenda com seus erros. Mas não só, o ato acertado é repetido. E deve ser repetido. Não se tentará resolver um problema com uma alão que contribui com ele, isso é base da sabedoria. Não deu certo antes, não dará agora. Mas quanto não foi feito por pequenas ações, sinais outrora repetidos! Houve homens que devotaram suas vidas a cuidar dos doentes, outros que foram mesmo à guerra para isso, houve os que decidiram oferecer um ensino de qualidade, abrindo uma ou duas escolar, e outros os seguiram. Quanto não significou cada particular desses para a História? E mais ainda para os sujeitos concretos beneficiados.

Mas, para além de repetir erros, grande tentação é a de eximir-se dos exemplos dos acertos. Uma moda que permaneceu na mudança de século foi a da "estatização". Trata-se de delegar a outro a responsabilidade, preferencialmente ao Estado. O asfalto da rua, o doente caído, o ignorante, a violência, tudo cabe ao Estado. Da porta de casa para dentro, sim, cabe ao indivíduo. É muito mais fácil. E chamar a atenção para o que ainda não foi sanado já sai imputado como lucro; falar do problema tem um efeito catártico que dá a ilusão de ter-se feito alguma coisa.

Pelo contrário, o mundo, ainda hoje, talvez sobretudo hoje, precisa de sinais que o sacudam para que acorde. Proatividade é uma boa palavra para o momento. Que não se espere o vereador conseguir o asfalto ao fim de mais um quadriênio, se se tem a possibilidade de fazer um mutirão com a associação de moradores. Que não se discuta o problema da fome quando é possível gastar o mesmo tempo colaborando com um movimento que leve comida para os moradores de rua. Mais ainda quando se pode começar um projeto assim, pequeno tanto quanto eficaz.

O fato é que o sinal não acaba em si. Depois de fazer algo de concreto, ele vira uma ideia, uma referência. Ele inspira e motiva. Chama atenção. Salienta a responsabilidade de todo aquele que tem possibilidade. Imortaliza-se numa cadeia mais poderosa que ele mesmo e também dependente dele. Mostra que para fazer, o necessário é começar.

Discurso cultural para uma cultura discursiva

O discurso de ódio é um conceito subjetivo cultural. Subjetivo porque carece de uma definição clara e, portanto, é aplicado de maneiras diferentes por pessoas diferentes. Cultural porque é ele mesmo consequência de uma série de aspectos arraigados ao poco; já ele parece também fixar raízes. Seu impacto é claro, embora nem sempre devidamente catalogado, discórdia, superficialidade, alienação; sua arena mais cativa tem sido as redes sociais.

Seria razoável exigir saber o que é discurso de ódio. Parece mais uma expressão esvaziada de sentido para servir pela força retórica. Como medir o ódio num discurso? Parece tendência agrupar sob esse mesmo rótulo ameaças de origem ideológica e opiniões dissonantes. Também, evocar seu poder de fundo emocional para condenar com crivo de atitudes a pensamentos. Discurso de ódio é uma expressão fechada usada como arma para condenar os adversários sem julgamento perante o júri.

O problema do discurso de ódio é um aspecto do grande problema cultural, filho bastardo das crises da família e da educação. Um povo habituado ao sentimentalismo e cujo ápice reflexivo se dá nas soluções miraculosas e pontuais dos colóquios de barbearia e botequim toma posse da praxe de participar com a sua curtida opinião. Outros aspectos que acusam a origem comum são o pouco investimento em pesquisa científica ou a incapacidade da literatura nacional em atender à sua pequena demanda.

Ao precedente, some-se a inclusão digital; outra expressão de sentido duvidoso, aliás. A mesma porta pela qual passa o número exponencial de "fotógrafos" para cercar qualquer momento minimamente interessante a fim de erguer uma barreira humana que impeça de ver sem ser por suas lentes sem foco é aquela que se cruza para compor redações de repúdio gratuito. A rede social não é causadora, mas catalisadora. Veio para dar espaço e ocasião dessa cultura ferida se expressar. O grafo virtual delas vem para unir e os filhos do povo reivindicam o poder de separar, degenerando-se em células ideológicas.

Como, contudo, resolver um problema que não se conhece sem ir àquele que lhe dá sustentação? Uma resposta para essa pergunta mereceria destaque. Até lá, se lá se há de chegar, é preciso um movimento de contra cultura. É preciso trabalhar pela educação, doméstica e formal. Os agentes dessa tarefa devem ser todos os que se fazem conscientes do problema e da necessidade estrategicamente unidos. Cada um deve deixar de exigir e reclamar e medir suas atitudes, escrever livros e compartilhar a mídia de nova cultura.

Livre não é o seguidor de Mariane

Originalmente, uma redação de no máximo 30 linhas refletindo sobre a propaganda da calça Us Top.

Todo homem, necessariamente, quer ser livre. Sempre o quer exatamente por querer, enquanto a liberdade for "expressão da vontade humana". Se desse fado não há como fugir, então o fundamento da liberdade parece ser seu oposto, a necessidade. Mas como esses dois princípios conversam? E como coordenar a liberdade do eu com as liberdades dos outros?

O homem tem diante de si um mistério: a sua vontade livre. Ele sabe que quer algo, inegavelmente. Ele vê que pode ou não se mover para o que o atrai (ou mesmo ao que não o atrai). Fundamentalmente, todo homem reconhece diante de si um poder de escolher. Se esse poder não lhe é cerceado, ele se entende livre. Pode-se dizer, para fins práticos, que o homem se sente livre quando a sua vontade cruza o limiar do seu mundo interior.

Todavia, a liberdade se choca com um outro fenômeno, seu complementar, a necessidade. Há coisas que não são possíveis, apesar dos anseios da vontade. Há também uma "responsabilidade do indivíduo por suas ações", ou em termos mais claros e precisos, tão técnicos quanto populares, existem consequências. Há um limite intransponível na necessidade, mas é essa fronteira que define a liberdade: quando não há o necessário, há o possível, e daí a escolha. Liberdade e necessidade aparecem entrelaçadas como princípios fundamentais.

Quando os homens se virem uns aos outros, um novo limite parece se insurgir. A liberdade do outro surge como o fim da minha. Ao se organizarem em sociedade, os homens encontrarão o problema de como sustentar as múltiplas liberdades. De boa vontade, descobrirão ser necessário não impor necessidades desnecessárias, mas como para que cada um seja livre é preciso respeitar um necessário limite. A sociedade livre regulará as relações para que nelas todos os envolvidos mantenham a si e aos outros livres.

Diante da síntese rascunhada acima, é possível ousar fugir um pouco do senso comum e dizer que a liberdade não é "uma calça [...] que você pode usar do jeito que quiser", porque para que a sociedade sobreviva livre não é possível "fazer o que quiser", mas é necessário escolher pelo que convém à manutenção da mesma liberdade. Como, por exemplo, terminar aqui nas 30 linhas...

A vida urbana

Da vida simples diz tanto,
Ao campo, período ufana.
Mas doce mesmo é o encanto
Da serenidade urbana.

Andava na rua, correndo para que o tempo rendesse. E ao esbarrar com alguém, ao andar por ruas conhecidas, a saudade agradável bateu. Nostálgico. Amo mesmo a cidade. E em outro dia, na mesma semana, vi um músico tocando guitarra em frente à estação das barcas. Ah, sim, como é boa a cidade.

Muitos vivem imersos na correria das cidades, nas massas, nos ônibus lotados, nas ruas cheias de vendedores, nos cumprimentos rápidos a rostos familiares... Canta-se, de fato, um sonho de fugir disso. Mas a verdade é que o que cansa é a má gestão do nosso mundo, seja da parte que nos cabe, seja da que está além de nós.

A urbanidade é a realização do sonho. Lá estão todos, lá está tudo. O comércio e o trabalho, o lazer e a saudade. Fuja mesmo dela. Fuja, viva o seu retiro, e então sinta o chamado às ruas. Não vê-las traz saudade do tanto vê-las. Ter nelas e com elas faz o coração se alegrar. Eis a humanidade! Eis sua beleza e suas feridas para curar! Eis o doce cheiro inodoro de tudo o que podemos fazer! "Ó, admirável mundo", sinto desejo de gritar! Bom te fez o Criador e no fundo ainda és bom!

Uma corrida, rápida, assuntos a resolver, hora de voltar para casa... Mas, ó vida urbana, é assim que os grandes amores sobrevivem. Ficamos juntos porque queremos, apesar do que nos desagrada, e nas tarefas cotidianas sentimos menos peso, porque lá está o objeto do amor.

Ah, centro da humanidade, mal se fala de ti, mas porque já estão imersos em ti. Aqueles que não te conheciam sim, te buscaram e em ti encontraram o que precisavam. Tu não és perfeita, muito longe disso. Mas és o melhor que por aqui temos e depois te encontraremos na tua forma definitiva.

Sim, amo a urbanidade. E escrevo isto como uma declaração, um sentimento que perpassa uma reflexão seguida duma opção. Escolhi assim. E só de andar pelas ruas e poder contemplar uma cena cotidiana, peculiar, da vida da cidade que engloba tanto, mesmo a mim, fico feliz. Com ela e comigo. Eu sigo onde estou, os músicos seguem tocando e as pessoas seguem vivendo.

Tinha tempo, tempo para poder correr sem pressa, conferir a hora de chegar, mas como se não tivesse hora. E cá estou eu, tomando intervalos para compor e escrever.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Insatisfeito?

Devo ser uma pessoa um tanto "insatisfeita". Talvez, como li num dito de alguém que não me lembro quem, tenho saudades de um tempo em que não vivi.
Já que estamos a dias das eleições municipais de 2012, por que não começar pelo tema Política? Sou monarquista confesso. Bem, meu país não vê a coroa na cabeça de um legítimo imperador desde o golpe de 1889, 123 anos atrás. Apesar da atividade monarquista existir, seu ideal ainda está distante. Com a mentalidade instalada nas massas atualmente seria muito difícil a restauração nos próximos anos. Aliás, também sou conservador. Dizem pesquisas que em termos de ideias o povo brasileiro também o é, mas os políticos e governantes não são. Mas, como no tempo de Sócrates, eles têm o discurso certo. Gozado como outro dia, quando questionado por um pesquisador sobre um motivo para não votar de forma alguma em um dos candidatos à prefeitura, o homem se surpreendeu pelo meu motivo ser de diferença de ideologia política. Em suma, não votaria num comunista. Surpresa, nego meu voto a alguém que quer fazer o que eu não quero que se faça!
Falando em Arquitetura, prefiro algo mais clássico... Não conheço muito de arte. Ficaria feliz de ter um amigo entendido disso para me explicar algumas coisas. Mas pelo que tenho lido, se não estiver errado me identifico muito com o barroco. De modo geral na arte eu desgosto de tudo que é modernista. A arte é uma beleza que dura para sempre! Agora, ande pelas ruas e veja que tipo de arquitetura vai encontrar nos prédios da sua cidade.
Agora, Música! Bem verdade que gosto de rock, apesar de recentemente não ouvir absolutamente nada, mas tendo cada dia mais para a música erudita. Não gosto do primeiro em sentido amplo, mas restrito. Não é toda bandinha que me agrada, mas determinadas músicas... Quanto ao segundo, ainda estou aprendendo a gostar. E amo o canto gregoriano, é a própria expressão musical do sagrado. Aplicando a "insatisfação" aqui, se me perguntar de um rock novo que eu goste, não saberei o que te dizer; pare numa praça movimentada e analise os rostos das pessoas ao falar em Bach, Beethoven ou Mozart; por fim e mais trágico, observe o tamanho diminuto do uso recente da música sacra.
Liturgia e Espiritualidade! A introdução já se dá no comentário ao canto gregoriano. Anseio por Missas celebradas ordinariamente em Versus Deum e frequentemente com uso da língua litúrgica. Sim, isso é "facilmente" encontrado na Missa Tridentina, e é o que me leva fortemente a ela, basta sinalizar que seu caráter extraordinário é levado a sério na prática. Minha espiritualidade tradicional vai de encontro com o costume (não legítimo, mas propagado por falta de catequese) de pessoas que praticamente dançam ao entoar algum cântico na liturgia.
Finalizo com Educação. Se tivesse poder para isso, reformaria o sistema educacional brasileiro. Ignoraria muitos conselhos sobre uma nova forma de educar e primeiramente olharia para as formas clássicas que sempre funcionaram bem. Nas lacunas aplicaria novas práticas que se mostram boas. Acrescentaria "Música" no Ensino Fundamental. E entenda isso como Teoria Musical. Mais Filosofia e menos Sociologia no Médio, talvez assim abrindo um espaço para Teoria Política e/ou OSPB (Organização Social e Política Brasileira), esta talvez aplicada no segundo segmento do Fundamental. Ao mesmo passo, jogaria no lixo a pretensa Educação Sexual e até, se houver, Ambiental. Sobre a primeira, existem coisas que a escola não ensina (ou doutrina, como preferir), mas se dá em família ou através de uma religião ou filosofia seguida; sobre a segunda, acredito que a noção de não mutilar de graça o meio ambiente vem em parte pela criação dos pais e em parte por cada gesto e pela própria atmosfera do colégio, não sendo necessário um tempo de aula dedicado apenas a isso. O Ensino Religioso, de facto, também teria seu lugar, mas a ser planejado de uma forma cautelosa, bem como outros projetos.
O problema do meu povo é a ignorância! Muitas de minhas discordâncias surgiram através de um simples amadurecimento de opiniões. Pelo jeito, de agora até o futuro eu terei de fazer algo a respeito dessas "insatisfações". Sabe Deus como.